E com cojones. Não resisto à tentação de botar meu dedinho na multidão de opiniões que se desenrolam em todo lado.
São várias as ordens de importância das informações jogadas no ventilador, e não convém falar muito sobre elas, pois ainda é cedo pro balanço.
Basta dizer que elas constituem aquilo que bons historiadores classificariam de evento.
Um evento pelo lado bom e mau da notícia.
O lado mau, como muitos já sabiam, mostra o quanto os jornalistas, mais do que meros filisteus de plantão, são parte do poder. Assange mostrou aquilo que o jornalismo deveria ser, mas não é.
O verdadeiro assunto revelado não é a podridão de uma diplomacia encorada na realpolitik, mas a urgência de se democratizar a comunicação.
O lado bom, é simplesmente que a internet é um espaço fantástico, e que ainda existe gente com ética e coragem para lutar por aquilo que qualquer pessoa de bom senso pode chamar de democracia ou liberdade (no sentido real dos termos, não no sentido que lhes dá o jornalismo global).
Encontraram duas descerebradas para acusá-lo de violência sexual, como se fosse por acaso.
Mas se prenderem o cara, vão fazer um mártir da galera gente boa.
Se fuderam. Esse aí foi ninja, só faltou a bolinha de fumaça.