
Esta foto foi tirada no inferno de Verdun, batalha hoje simbólica na história, que contou com a participação de esforços mundiais em 1916 para jogar um milhão de corpos mortos no meio de um lamaçal coberto de ratos e bombas. As famílias e amizades perdidas não são contabilizáveis. Nem a nossa sensibilidade é.
Depois do armistício veio o balanço, pelo qual ainda estamos a pagar.
Os países ocidentais se jogaram numa guerra suja contra os soviéticos, não tanto por estes terem se tornado a vanguarda comunista mundial, mas também porque as potências burguesas se sentiram traídas pelo pacto unilateral de paz assinado por Trotsky em Brest-Litovsk, em 1917.
Países participantes mais fracos perderam suas repúblicas e outros regimes moribundos para construírem seus fascismos, que em certos casos, como na Península Ibérica, atravessariam o século XX.
O bolo Africano, acabado de sair do forno aristocrata, fora redividido para alimentar panças mais francesas, mais belgas e mais inglesas. Quanto ao novo bolo que estava saindo, que era o da repartição arbitrária do leste europeu, este semeou guerras futuras, como em Africa, por conta dessas histórinhas de Estado-Nação. Para o leitor desavisado, já ouviram falar em Sarajevo? E em Kosovo?
Um tratado chamado de Versalhes jogou a Alemanha na miséria, que para se salvar tornou-se o covil das duas palavras que foram causa e motivo da segunda guerra mundial: Adolf Hitler.
Porém, para o leitor, não era isto que eu queria deixar.
Eu só queria pedir, primeiro, um minuto de silêncio.
E depois, para todos, eu dou Boris Vian